segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Homenagem

Aniversário de 100 anos de minha avó Nazaré

O ano de 2010 nos trouxe muitas alegrais, celebramos alguns acontecimentos especiais entre os quais a comemoração de um século de vida da nossa avó Nazaré. Muitos questionam o que ela celebra realmente, já que para algumas pessoas ser velho, está numa condição de ser cuidado é sofrimento. Entendamos que não. Mas antes de qualquer confirmação sobre isso vamos ressaltar temas que se assemelham as condições de vida de nossa vozinha.

Esta foi nossa forma de pensar egoisticamente, durante muito tempo. A sociedade moderna, em partiucular o Brasil é prodigo nessa questão, pois durante muitos anos foi viveiro de jovens viris e moças saltitantes. Velho era coisa rara na nossa sociedade. E existiam os segregados, ou seja, todas aquelas pessoas que vivem a margem e que serviam de estorvo para seus familiares. Uma coisa atipica nesse sentido é a vida de nossa avó Nazaré. Sempre obteve de seus filhos o carinho e cuidado necessario para o cumprimento de sua dignidade.

Alguns filmes retratam situações peculiares sobre a velhice, é muito interessante de vez em quando tirarmos um tempinho para apreciar esses instantes. Um deles é tomates verdes fritos. Puxa! Que lição de vida temos ali através da doce Ninny Threadgoode personagem vivida pela atriz Jessica Tandy, uma debilitada mas gentil senhora de 83 anos, que ama contar histórias. Nossa adorável vozinha fazia muito isso.

Mas para os que não compreedem bem porque acontece experiencias como as de nossa avó Nazaré, volto a ressaltar o legado que ela difundiu ao longo dessa trajetória secular. Nossa homenagem pra ela tem um que de nostalgia, pois trouxemos algumas imagens de sua velha morada, a fazenda larjinha, espaço habitado por nossa avó nazaré logo depois de unir-se em matrimonio com seu inesquecível Luis Machado. Foi ali, naquela morada simples, que o casal construiu sua familia, alimentou seus filhos, Maria de Jesus, Ivonete, Consuelo, Francimeire e Godofredo; acolheu amigos e parentes em completa união com os preceitos da solidariedade, do amor e carinho.

O mestre das palavras Afonso Romanna de santana em sua cronica “o velho olhando o mar” descreve uma cena observada por ele em plena esquina da praia de Copacabana sobre um velho ollhando o mar. Nesse breve instante em que espera o sinal abrir seu olhar se depara no corpo franzino, sentado numa cadeira de rodas olhando o mar. Então, mas que ocasionalmente ele começa sem fazer esforço a imaginar esse velho na juventude. Por isso hoje os convido a fazer esse mesmo exercicio, ou seja começar a remoçar o corpo da senhora Nazaré na imaginação, injetando movimento e desejo nos seus musculos, acelerando nele, de novo, a avareza de viver cada instante.

Por isso quisemos nos reunir novamente para comemorar e recordar a experiencia de vida dessa mulher. E ao fazermos isso fomos preparando nossas almas com antecedencia para o evento. E como o tempo da comemoração foi se aproximando lembramos que comemorar quer dizer “trazer de novo á memória”. Então, fizemos esse mosaico de vidas construidas a partir dessa nobre mulher. Ela conseguiu com simplicidade e dignidade criar seus cinco filhos, que porconseguinte também formaram novas familias, gerando 21 netos, que também construiram novas familias e que lhe deram 18 bisnetos. Alguns questionam comemorar para quê? E lembramos do que disse outro mestre na arte de esculpir palavras através da escrita, “Para que se cumpra o ditado popular que diz “recordar é viver”. Então vamos celebrar juntamente com nossa vozinha Nazaré seus 100 anos de vida, bem vividos, bem sofridos, bem felizes. E como descreve Homero em sua Iliada, através do personagem Ulisses na volta a sua Itaca(cidade) ela talvez em sua memória jamais deve ter saido de sua larjinha querida. Como disse Adelia Prado “aquilo que a memória ama fica eterno”.

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